Kitão foi o único vereador contrário à verba de gabinete, aumento do IPTU, empréstimo de R$ 710 milhões e novo Plano Diretor

24 de setembro de 2024 às 09:00

Lucas Kitão (União Brasil) foi o único vereador a votar contra o aumento da verba de gabinete, o empréstimo de R$ 710 milhões, o novo Código Tributário Municipal (CTM) que resultou no aumento do IPTU, o novo Plano Diretor Municipal e a autorização para a terceira eleição consecutiva da Mesa Diretora.

Na avaliação do vereador licenciado e candidato à reeleição, foram temas que puxaram a péssima avaliação desta Legislatura na Câmara Municipal de Goiânia, por esse motivo decidiu se licenciar para prestar contas de seu mandato e estar mais próximo à população e apontar os motivos que o levaram a votar contra esses projetos.

Conforme pesquisa *Serpes divulgada pelo Jornal O Popular nesta segunda-feira (23), 33,3% a avaliação do trabalho dos vereadores da Câmara Municipal é ruim (14,3%) ou péssimo (19%). Outros 33,6% avaliam como regular, 3,2% como ótimo e 17,5% como bom e outros 12,4% não souberam responder.

De acordo com o vereador, essa avaliação negativa foi puxada por esses temas que tiveram a aprovação de grande parte dos vereadores, exceto por Kitão em todas as ocasiões. “A solução para este mandato está nas ruas, nas urnas e no voto. Por isso me licenciei, para estar ao lado do eleitor e mostrar meu votos e apresentar os resultados deste mandato para a população e mostrar que eu representei o eleitor”, afirmou Kitão.

Textos foram aprovados pela maioria

O primeiro texto polêmico foi aprovado ainda no primeiro ano desta legislatura, em 2021, com a famosa criação do Custo Unitário Básico (CUB) e o aumento abusivo do IPTU. O novo CTM foi aprovado em setembro de 2021 por 23 votos favoráveis, quatro votos contrários e três abstenções. Somente Kitão e os ex-vereadores Gabriela Rodart (SD), Mauro Rubem (PT) e Santana Gomes (PRTB) foram contrários ao projeto.

O segundo projeto considerado “maléfico” por Kitão e que foi aprovado por essa legislatura foi o novo Plano Diretor de Goiânia. O projeto foi aprovado após uma tramitação marcada por polêmicas, como a redução das Áreas de Proteção Permanentes e o aumento de áreas com autorização para construção de edifícios.

O novo Plano Diretor foi aprovado por 25 votos favoráveis. Somente 6 vereadores foram contrários: Lucas Kitão, Aava Santiago (PSDB), Anderson Sales Bokão (MDB), Marlon Teixeira (PDT), Mauro Rubem e Santana.

O terceiro texto polêmico aprovado por essa legislatura foi a criação e o aumento da verba de gabinete, aprovada no mesmo ano. Kitão foi o único parlamentar contra o aumento da verba de gabinete, aprovada em abril de 2022 e que foi atualizada em junho. Os valores saíram de R$ 78 mil para 95 mil durante este período. Junto com o projeto, e a autorização da terceira eleição do mesmo grupo na Mesa Diretora.

Mais recentemente, em março deste ano, a Câmara Municipal aprovou a autorização do empréstimo de R$ 710 milhões. Kitão questionou o fato do empréstimo estar em pauta durante ano eleitoral e tentou barrar o projeto na Justiça, junto com outros parlamentares.

Além do questionamento, o vereador foi um dos sete parlamentares contrários ao projeto, junto com Aava, Katia Maria (PT), Igor Franco (MDB), Willian Veloso (PL), Paulo Magalhães (União Brasil) e Sargento Novandir (MDB).

Lucas Kitão, que está licenciado foi o único parlamentar contra todos estes projetos, assim como a autorização para a venda de Áreas Públicas Municipais (APM), que ainda tramita na Câmara de Goiânia e que viu seu projeto de regulamentação de torres e antenas do 5G sendo arquivado por seu posicionamento em algumas destas votações.

Apesar do fato, o parlamentar atuou para destravar o segundo projeto, apresentado pelo Paço Municipal e que estava parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e ajudou a aprovar o projeto em definitivo.

*A pesquisa Serpes citada neste material foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no sábado (14) com o código GO-08917/2024. Foram realizadas 601 entrevistas entre os dias 17 e 18 de setembro. A margem de erro registrada pelo Instituto foi de 4 pontos percentuais (pp) para mais ou para menos.

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